quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Como foi o I Passeio Ciclístico do IK


I Passeio Ciclístico do Instituto Kautsky - "Um olhar diferente... sobre o Rio Jucu"

Após alguns meses de muito planejamento, já que esse seria o nosso primeiro passeio ciclístico, e a euforia e ansiedade da semana que antecedia o passeio era grande. Tudo estava pronto, e já era sábado: primeiro os ciclistas fizeram uma concentração, aqui no Instituto Kautsky, enquanto nossa equipe organizava os últimos detalhes, como distribuição das camisas do passeio e lanches. Depois os ciclistas se organizaram na frente do Instituto, onde se alongaram e receberam detalhes do percurso, que por sua vez, foi todo demarcado com cal pelo Apolonio, para que ninguém se perdesse no caminho. Dada a partida, seguiram todos em direção à estrada do Chapéu, onde belas paisagens já começavam a ser avistadas, mas uma longa subida já testava a persistência dos atletas. Depois todos seguiram por uma extensa trilha de descidas, o que se tornava o primeiro momento radical do passeio. O Rio Jucu já aparecia aos poucos e se misturava com a bucólica e verde paisagem interiorana, com suas casinhas antigas, animais no quintal e plantações na lavoura. Muitos apareciam na janela para ver o que estava acontecendo lá fora e porque os cães tanto latiam. Após um longo percurso rural, passando por muitos pontos do Rio Jucu, todos fizeram uma parada para um lanche repositor de energias, com muitas frutas, sanduíches, sucos e bastante água para hidratar, tudo isso com o rio passando bem ao nosso lado. Nesse ponto também foi feita uma das análises da água do rio por um dos técnicos da Cesan. As análises feitas em vários pontos do Rio Jucu vão para laboratório e os resultados sairão em breve, sendo publicados aqui no blog também.

Após alguns kilômetros de muita adrenalina, e já chegávamos à Ponto Alto, uma pequena e receptiva comunidade em meio às montanhas. Nas janelas das casas coloridas já haviam aqueles que queriam saber o que estava acontecendo e que receberam todos com muito carinho. Como já era esperado, as entrevistas com os moradores não puderam ser realizadas, já que tínhamos que acompanhar os ciclistas o tempo todo. Elas serão feitas em um segundo momento do projeto. Já na quadra, todos estavam preparando as apresentações que seriam exibidas para os ciclistas e a comunidade, dentre elas apresentações de capoeira, canto e coral. Após agradecimentos feitos pelos integrantes da nossa mesa, entre eles Roberto Anselmo Kautsky Júnior, Apolonio Carneiro e o Promotor de Justiça Dr. Evaldo, e também pela comunidade, representada pelo pastor Eduvino e por Renata, as crianças começaram as aprensetações. Tudo foi muito bonito e bem ensaiado, como o maculelê das crianças da capoeira e a música em homenagem ao Rio Jucu, cantada por um pequeno coral de "peixinhos" (as crianças usavam máscaras de peixe). Após as apresentações, foi realizado um sorteio de duas bicicletas para a comunidade, que deixou os dois ganhadores muito felizes e prontos para praticarem muito até o nosso próximo passeio. Com a noite chegando, era hora de ir para a pousada para descansar, porque o domingo prometia ser mais longo do que o sábado, já que o percurso dobraria de extensão. Uma pequena confraternização foi realizada para celebrar a chegada, que ocorreu com sucesso.

Domingo de manhã, todo mundo acordado e começando os preparativos para um longo dia que estava por vir. A manhã começou muito fria e infelizmente com menos ciclistas. Mas nada que tirasse a determinação dos ciclistas que pernoitaram na pousada em fazer o percurso, que começou na igreja da comunidade de Ponto Alto e continuou por Paraju. O céu cinzento não os desanimou, e eles demonstraram a mesma persistência do sábado. O Rio Jucu já estava presente desde o começo da trilha, e a paisagem rural e calma voltava para encher os olhos de todos. O frio das montanhas aumentava na medida em que subíamos por longos caminhos de terra. Em um dos pontos mais altos onde chegamos, em meio à matas de eucaliptos, o frio era quase que imensurável. Era admirável de ser ver que os ciclistas demonstravam tranquilidade e concentração total para fazer o seu percurso. As belezas da natureza pareciam ter se multiplicado no segundo dia de passeio, onde podíamos ver muitas cachoeiras no Rio Jucu. Passamos por muitas pequenas comunidades, e em uma delas, em São Rafael, estava havendo uma festa dominical, típica do interior. Mais alguns kilômetros de descidas - onde em alguma parte do percurso ocorreu um pequeno acidente com um dos ciclistas, gerando alguns hematomas - e uma pequena parada para mais um lanche, com muitas frutas e líquidos novamente. Energias repostas e todos estavam prontos para continuar.

Uma longa estrada empoeirada foi percorrida até chegarmos à BR-262, pelas localidades de Aracê. Por lá seguimos pelo asfalto até a Fazenda do Estado, acompanhados pela Polícia Ambiental, onde adentramos por uma estreita trilha em meio à uma floresta, que desencadeou no asfalto novamente. Ali já era possível ver a Pedra Azul, ou melhor, notar a sua presença, já que boa parte dela estava coberta por nuvens. O frio parecia ter ficado mais intenso. Mais uma vez o percurso era pelo asfalto, passando por muitos pontos de comércio local, tudo muito característico ao clima da região. Estávamos bem perto da nascente, era só seguir por mais um estreito caminho de estrada de terra. Os ciclistas foram chegando aos poucos, já que se distanciaram uns dos outros ao longo do caminho. Ao chegar no ponto da nascente já estava tudo preparado para uma nova confraternização, onde todos comemoraram o sucesso que foi o passeio ciclístico, tudo bem ao lado da nascente do Rio Jucu.


Obrigado à todos que participaram do passeio e aos voluntários que contrubuíram para o sucesso dele.
Charles Bringer
Fátima Cristine Sant'anna Feitosa
Nelson Mayer
Pablo Pietro

Postado por: Pablo Pietro 

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